

Para quem precisa
Você não está só! Sabemos que a jornada dos Cuidados Paliativos é carregada de sentimentos, dúvidas e desafios, por isso, dedicamos essa sessão para você se informar sobre os seu direitos, cuidar da sua saúde emocional, processo de luto e conhecer histórias que se conectam com a sua. Vamos juntos?

SUA SAÚDE EMOCIONAL IMPORTA
O apoio psicológico desempenha um papel central nos cuidados paliativos, uma vez que busca aliviar o sofrimento de pacientes e familiares que enfrentam doenças crônicas ou terminais. Ele é realizado por uma equipe interdisciplinar que integra assistência médica, psicológica e social para oferecer suporte emocional, espiritual e prático.
Como o Apoio Psicológico Pode Ajudar?
Alívio de Sofrimento Emocional:
Reduz sintomas de ansiedade e depressão, ajudando os pacientes e familiares a lidar melhor com a situação.
Facilitação no Processo de Luto:
Oferece suporte para o paciente e familiares durante todas as fases do luto, diminuindo a ocorrência de luto complicado
Fortalecimento da Qualidade de Vida:
Promove conforto emocional e maior adaptação à s mudanças fÃsicas e psÃquicas decorrentes da doença.
Suporte às Relações Familiares:
Melhora a comunicação entre os membros da família e reduz conflitos durante o processo de adoecimento.
Nos cuidados paliativos, cada pessoa e sua família enfrentam a jornada da doença de maneira única.
Logo, o acompanhamento realizado pela equipe multidisciplinar deve promover acolhimento e ajudar você a compreender seu diagnóstico e a desenvolver estratégias para lidar com a progressão da doença. Dessa maneira, você terá mais oportunidades de sentir mais segurança nas decisões que fará e experiências que viverá. A missão da equipe, então, é proporcionar um cuidado que respeite e cuide com dignidade de aspecto múltiplos da sua vida.​
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O apoio necessário vai além do físico, pois deve respeitar as suas crenças espirituais e o cuidado deve ser centrado nas suas necessidades sociais. Esses príncipios fortalecem o bem-estar integral e garantem um maior senso de valorização e percepção de apoio em todas as suas dimensões.
Um dos pilares fundamentais nessa jornada é a família. Por isso, seus familiares também devem receber orientações e apoio para que se sintam mais preparados e seguros ao acompanhar e cuidar de você, sendo mais intencionais em promover um ambiente mais tranquilo e estável para todos.
Ações Concretas para o Enfrentamento:

GRUPOS DE APOIO
Espaço para troca de experiências e fortalecimento mútuo.

SESSÕES INDIVIDUAIS
Atendimento personalizado para pacientes e familiares.

PLANEJAMENTO AVANÇADO DE CUIDADOS
Conversas sobre os desejos e prioridades do paciente.

PREPARAÇÃO PARA O LUTO
Suporte emocional contínuo para pacientes e familiares
Acolhendo o Luto:
Uma Jornada de Revolta, Cura e Aceitação
Quando acontece o rompimento de um vínculo significativo a partir da vivência de uma perda, alguns sentimentos como insegurança, tristeza, pesar, revolta, entre outras reações, são naturais. Este agrupamento de reações dolorosas com a perda é uma experiência universal, subjetiva, individual, esperada e a ela se dá o nome de luto.
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O luto, processo comum a todos os seres humanos, é caracterizado por sentimentos diversos como insegurança, revolta e tristeza, desencadeados pela vivência de uma perda.
A vivência do luto não é unicamente pela morte de um ente querido, mas também por outras perdas significativas, como emprego, saúde ou mudanças na rotina. Esse é um processo universal e pessoal que desperta sentimentos como tristeza, revolta e insegurança, podendo, em casos extremos, dificultar decisões e o gerenciamento emocional.
Reconhecer os sinais do luto e buscar apoio é essencial para atravessar essa fase de forma mais leve e saudável, respeitando o tempo e as necessidades de cada pessoa, as quais podem demonstrar sintomas visíveis como:
Dificuldades de concentração em atividades rotineiras, confusão, alterações de memória
Dificuldades de relacionamento, perda de vontade de falar com outras pessoas​​​
Dores Físicas
Fadiga
Sentimentos de choque, raiva, desesperança, desamparo, medo, hostilidade, culpa
Sesação de perda de memória, alterações no sono e apetite, irritabilidade
Conflitos com as crenças pessoais
" É preciso falar de morte para lembrar da vida"
- autor desconhecido
Histórias que se Conectam
Você não está sozinho! Sua família e a equipe multiprofissional que te acompanham, têm se comprometido à guiar cada passo rumo a um cuidado compassivo, a fim de que você viva essa jornada de forma confortável, respeitosa, encorajadora e digna por todo o caminho.
Há pessoas passando pela mesma jornada que têm histórias que se conectam à sua, mas cada vida é única e merece ser respeitada, tratada com dignidade e receber conforto. Por isso, compartilhamos com você a história do Sr. Arlindo e sua família, que foi diagnosticado com Alzheimer e também optou pelos Cuidados Paliativos.
Vídeo illustrativo, baseado em um caso real divulgado Planifica SUS - Manual de Cuidados Paliativos na Atenção Primária à Saúde (APS)
Vídeo do Sr. Arlindo versão com audiodescrição
(para pessoas com deficiência visual e baixa visão)
Enfatizamos que no caso do Sr. Arlindo foi solicitada a presença de um líder religioso (em particular o padre, devido à religião seguida por ele), pois um dos pilares dos Cuidados Paliativos é o respeito à espiritualidade e esse visa abranger todas as expressões religiosas e culturais.
“O sofrimento não é um sintoma, nem é um diagnóstico, mas uma experiência humana muito complexa.”
- António Barbosa
Referências
RIBEIRO, T. Os Direitos dos Pacientes em Cuidados Paliativos - Marina Basile - Advocacia Especializada. Disponível em: <https://marinabasile.com.br/os-direitos-dos-pacientes-em-cuidados-paliativos/>. Acesso em: 19 dez. 2024.
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BRASIL. Manual de cuidados paliativos: 2ª edição. Ministério da Saúde, 2023. Disponível em:https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-e-manuais/2023/manual-de-cuidados-paliativos-2a-edicao/view. Acesso em: 24 dez. 2024.
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BIGLIARDI, L.; MILANI, I. C. B. O PAPEL DO PSICÓLOGO NOS CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL. Cuidados Paliativos: práticas, teorias e análises - Volume 2, p. 37–48, 2022. Disponível em: <https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/220408749.pdf>. Acesso em: 24 dez. 2024.
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